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RESUMO DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 14 DE SETEMBRO DE 2020

Publicado em 29/09/2020, Por ALINE

ATA N. 12/2020.

 

Aos quatorze dias do mês de setembro do ano de dois mil e vinte, às dezenove horas, no recinto da Sala de Sessões da Câmara Municipal de São Valentim, realizou-se a Décima Segunda Sessão Ordinária, do Quarto Período Legislativo, da Décima Quarta Legislatura da Câmara Municipal de São Valentim. Presentes os Vereadores: Ademir Baldo – PT, Fabiano Gaboardi – MDB, Itacir Domingos Marca – PSB, José Idelmiro Rodrigues Ferreira – Progressista, Micael Renan Klimuk – PSDB, Mônica Estela Perondi Remus – PSDB, Solange de Souza Bottini – Progressista, Valdir Remus – Cidadania e Vilmar Antonio Portella - MDB. Havendo quórum regimental, o Senhor Presidente Ademir Baldo, invocando a palavra de Deus, deu por aberta a Sessão. Agradeceu a todos os presentes e, em seguida, convidou o Primeiro Secretário para fazer a leitura da Ordem do Dia, constando a seguinte matéria: MATÉRIA DO EXECUTIVO: Projeto de Lei nº 12/2020. Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2021. MATÉRIA DO LEGISLATIVO: Ata n. 11/2020 (Sessão Ordinária). Emenda Modificativa n. 001/2020. Ao Projeto de Lei do Legislativo n. 008/2020. Projeto de Lei do Legislativo n. 008/2020. Dispõe sobre a fixação dos subsídios dos Vereadores para a legislatura 2021/2024. Projeto de Lei do Legislativo n. 009/2020. Dispõe sobre a denominação de Praça Pública localizada na Av. Castelo Branco, esquina com a Rua Osvaldo Tello e dá outras providências. Projeto de Lei do Legislativo n. 010/2020. Dispõe sobre a denominação da Praça Pública do Bairro Bela Vista, e dá outras providências. Projeto de Lei do Legislativo n. 011/2020. Dispõe sobre a denominação da biblioteca municipal e dá outras providências. Nos termos regimentais foi dispensada a leitura da Ata n. 11/2020 (Sessão Ordinária). Não havendo oradores, foi colocada em votação. Aprovada por unanimidade. Colocada em discussão a Emenda Modificativa n. 001/2020 - Ao Projeto de Lei do Legislativo n. 008/2020. Manifestou-se o Vereador Vilmar Antonio Portella. Cumprimentou a todos e disse: “Senhor Presidente, Nobres Colegas, Assessora, o que me levou a formular essa emenda Modificativa é o fato de que a função do Vereador é uma nobre função realmente, mas nem por isso o valor do subsídio que está sendo pago condiz com a realidade do nosso Município. Por outro lado, só foi feito esse projeto no período eleitoral porque não tem como fazer antes, tem que ser votado antes das eleições. Por isso protocolei logo após a Mesa Diretora da Câmara ter protocolado o Projeto n. 008, onde fixava o subsídio no valor de dois mil e quatrocentos reais. No meu entendimento, e de muitas pessoas que residem em nosso Município, entendemos por bem fixar o subsídio no patamar de um mil e cem reais. Seria um valor justo, um valor condizente com a realidade do Município, pois as Sessões ocorrem a cada quinze dias, não há muita matéria para ser discutida. Embora a função do Vereador seja fiscalizar, nós, hoje Vereadores, amanhã não sabemos, pois outros poderão estar aqui, exercendo o papel de Vereador, não há necessidade de receber um valor elevado. Claro que é bom receber, mas tem que justificar o porquê está recebendo. Entendo que o valor condizente de um pouco mais que um salário mínimo é razoável perante o que é feito aqui nesta Casa e considerando a remuneração de servidores municipais, que muitos não chega a um salário mínimo, outros, que exercem funções diversas também, com valores abaixo do que deveria ser remunerado. Então, se for aprovada essa Emenda, o Município terá uma economia de setecentos e noventa e dois mil reais em quatro anos. Valores esses que poderão ser utilizados na saúde, na melhoria da remuneração de servidores, na agricultura e em diversas áreas do Município. E não custa cada um de nós que quer ocupar uma cadeira no Legislativo, doar um pouco do seu tempo, pois o tempo que nós despendemos aqui nesta Casa não passa, em média, de meia hora. Hoje que tem vários projetos, vai passar. Mas, se fizer um cálculo com todas as Sessões transmitidas no Facebook, vocês podem constatar que as Sessões não passam de meia hora. Então, não justifica o valor de dois mil e quatrocentos reais, enquanto servidores recebem menos que um salário mínimo. Com essa economia nós poderemos melhorar a remuneração, melhorar, não é que esteja ruim, está muito bom o atendimento na saúde, mas poderá melhorar, melhorar o atendimento na agricultura e em outras áreas que sejam necessárias. São esses os motivos que me fizeram protocolar essa Emenda Modificativa.” Manifestou-se o Vereador Micael Renan Klimuk. Cumprimentou a todos e disse: “Amparado pelo Regimento Interno desta Casa Legislativa, de imediato peço, Presidente, que seja votado vistas da Emenda n. 001/2020, referente ao Projeto n. 008/2020. Motivos estes: Primeiro, em reunião informal que tivemos nessa Casa Legislativa, ninguém nos sugeriu que essa proposta poderia ser feita e debatida com os Nobres Vereadores que aqui ocupam as cadeiras. Ela poderia ter sido debatida no Projeto de Lei, mas, no ato da circunstância, eram unânimes aqueles valores, não teve nenhuma justificativa para mudar. Segundo, todos somos entendedores que a Câmara Municipal detém de valores de um percentual do que o Município agrega no decorrer do ano. Esses valores são anuais. Esse ano a gente vai saber o que a Câmara vai ter de renda para o ano que vem. Eu gostaria de saber legalmente como vai ser diluído esse valor. Esse percentual vai baixar? É permitido vir um valor menor, já que a Emenda diz que vai ter uma redução de gastos ampla? Esse valor vai ser investido no que? De que maneira vai ser pago o funcionalismo? O teto de gastos com o funcionalismo vai ultrapassar? Então, eu preciso verificar essas informações para ter ciência da matéria. Hoje, é repassado ao Legislativo de seis a sete por cento do bruto que o Município recebe para trabalhar anualmente. De seis a sete por cento é repassado para as Casas Legislativas. Teoricamente esse valor teria que ser repassado. A Lei, o Tribunal de Contas, permite que seja mudado o valor, já por imediato no ano que vem? Então, são essas as perguntas que me restam e no qual peço vistas da Emenda n. 001/2020, referente ao Projeto n. 008/2020. Muito obrigado.”O pedido de vistas foi colocado em votação e aprovado por unanimidade. Colocado em discussão o Projeto de Lei do Legislativo n. 009/2020 - Dispõe sobre a denominação de Praça Pública localizada na Av. Castelo Branco, esquina com a Rua Osvaldo Tello e dá outras providências. Manifestou-se o Vereador Vilmar Antonio Portella. Cumprimentou a todos e disse: “O que me leva a elaborar este Projeto de Lei é uma singela homenagem a uma pessoa que viveu entre nós. Pessoa muito querida, acredito que por todos. Por todos nós aqui, e não só quem está presente aqui, mas toda a sociedade Sãovalentinense. E digo mais, de outros municípios. De família pioneira em nosso Município, seu avó foi Vice-Prefeito, seu tio foi Vice-Prefeito. Pessoas do bem, que sempre fizeram o bem. Essas pessoas que merecem essas singelas homenagens, para serem reconhecidas e ficar na história do Município. Tiveram uma passagem digna, uma passagem curta, mas que marcou a nossa comunidade, a nossa cidade, a nossa região, porque deixou muitos amigos não só em São Valentim, mas em toda a região do Alto Uruguai. São esses, Presidente, os motivos que me levaram a elaborar esse Projeto de Lei. Quero agradecer também a presença dos familiares que estão aqui hoje, meu muito obrigado. É difícil falar de pessoas que a gente teve uma grande amizade, que ajudou a minha família. Então são esses os motivos Senhor Presidente.” Manifestou-se a Vereadora Solange de Souza Bottini. Cumprimentou a todos e disse: “Começo parabenizando meu colega pela linda homenagem. Falar do Marcio é muito fácil. Aquele menino alegre, de sorriso largo, que deixou boas lembranças para todo mundo. Acho que é uma justa homenagem. Tem uma coisa que a gente sempre comenta. Me considero da família, a gente tem um laço muito forte com esta família e só considero todas as palavras que o meu colega pôs nesta tribuna. Nós poderíamos falar muito mais sobre esta pessoa que deixou, em pouco tempo, grandes lembranças. Eu sempre falo, em dias de jogo de Grêmio e de Grenal, quem não lembra da sua robusta bandeira e de seu carro possante? Então, esta é uma marca que ele deixou para todo mundo. Assim como eu, acredito que a família neste momento está muito feliz por esta homenagem. Muito obrigada.” Colocado em votação o Projeto de Lei do Legislativo n. 009/2020. Aprovado por unanimidade. Colocado em discussão o Projeto de Lei do Legislativo n. 010/2020 - Dispõe sobre a denominação da Praça Pública do Bairro Bela Vista, e dá outras providências. Manifestou-se o Vereador Vilmar Antonio Portella. Cumprimentou a todos e disse: “Falar do Inocente Alberto Grando, popular Cabo Grando. Marcou também a história política de São Valentim. Pessoa de gênio forte, às vezes polêmico, mas sempre buscando o interesse maior, o interesse da população. Como era conhecido, o “Pendenga”, às vezes até era ríspido nas discussões políticas, mais acirrado, mas sempre em prol do bem-estar da população. Foi Vereador e Secretário da Saúde. Uma pessoa de caráter ilibado. Também nos deixou cedo, mas deixou muita saudade também dos debates políticos, para quem gosta da política. Sempre fiel aos seus ideais. Então, são esses os motivos, Senhor Presidente, que me levaram a elaborar o presente Projeto de Lei. Rogo a Vossas Excelências que aprovem. Muito obrigado.” Colocado em votação o Projeto de Lei do Legislativo n. 010/2020. Aprovado por unanimidade. Colocado em discussão o Projeto de Lei do Legislativo n. 011/2020 - Dispõe sobre a denominação da biblioteca municipal e dá outras providências. Manifestou-se o Vereador Vilmar Antonio Portella. Cumprimentou a todos e disse: “Falar da Dona Carmelina Portigliotti, para quem não conhece, a Dona Diva Bitarello. Foi professora, frequentadora assídua da Igreja Católica. Pessoa que, devo confessar a vocês, por muitas vezes, na minha infância, a gente incomodava. Íamos jogar futebol na quadra, que ainda existe lá, e a bola ia lá na casa dela e nós, para buscar, tínhamos que conversar com ela. Às vezes, a gente pulava a tela, ia lá e já aproveitava para pegar algumas frutas que tinha lá, e ela corria com nós. Pessoa muito querida na sociedade, deixou muitos ensinamentos nas escolas por onde passou. São esses os motivos pelos quais justifico esse Projeto. Peço aos Nobres Colegas a aprovação. Muito obrigado.” Manifestou-se o Vereador José Idelmiro Rodrigues Ferreira. Cumprimentou a todos e disse: “Às vezes, a gente precisa morrer para ser lembrado. Não basta estar vivo. Tonatto, Ptzen, Grando, Marcio, Diva. Tonatto, fui seu cabo eleitoral. Sempre fui policial e odiava política, mas o cara me convenceu. Naquela época o Município era muito grande, saía de manhã e voltava à noite, e eu só escutando o Tonatto. E aprendi. A política mostrou seu poder, porque eu era só policial e a política me correu daqui. E aí eu fui ver que a política realmente tem poderes. Faz muita falta o Tonatto. Para mim foi um dos melhores políticos que nosso Município teve. Ptzen, MDB doente. Meu amigo, nós conversávamos, trocávamos ideias. Aprendi muito com o Ptzen. Nunca brigamos. Todos em vida. Grando, fui cabo eleitoral do Grando. Como o Portella falou, conhecia o Grando. Me ensinou muito também. Já tinha passagem pelo meu partido, aprendi muito com ele. Marcio, é difícil falar do Marcio. até porque eu, como policial, atendendo ocorrências, sempre chegavam os curiosos, como tem hoje, mas hoje até está pior porque eles tiram foto da desgraça dos outros. Eu não sou de parar em acidente de trânsito. Acho que quem para ali só para olhar, atrapalha. E se eu parar é para ajudar. Não sei quem me iluminou que naquele dia eu parei e aí vi tudo aquilo que eu não queria ter visto. Vou parar de falar do Marcio, que foi um guri que se criou à nossa volta, todo mundo sabe quem foi o Marcio. Portella também já disse o que tinha que dizer, então falta até palavras para todos nós se formos falar do Marcio. Diva Bitarello, Portella falou que incomodava ela, era criança, era piá, pegava fruta. Não te culpo de nada disso. Bem lembrado. Diva, essa cuidou dos meus filhos. Então, se cuidou dos meus filhos, eu não tenho mais nada que falar. Portella, parabéns por ter agraciado toda essa geração de pessoas que você agraciou. Parabéns ao meu amigo Portella. Muito obrigado.” Manifestou-se novamente o Vereador Vilmar Antonio Portella. Disse: “O Ferreira falou uma coisa que marca bastante realmente. A gente só consegue fazer uma homenagem às pessoas que não estão mais aqui, em virtude da lei. Não a nossa lei municipal, não a nossa lei estadual, mas a lei federal. Para denominar nome de ruas, praças, prédios públicos, enquanto pessoa viva não pode ser usado o nome. Então, isso seria também para a gente fazer uma mobilização, de repente, para mudar um pouco. Porque é como diz o Ferreira, lembrar depois que não está mais aqui. Mas tem os familiares, ainda bem que tem os familiares que acompanham, mas bem lembrado Ferreira. Agradeço também pelas tuas colocações, pelas colocações da Nobre Colega Solange, pelo apoio que me deram. Para demonstrar que realmente aqui, devo falar para vocês, confessar a todos, que às vezes eu até incomodo, mas no bom sentido. É sempre para tentar melhorar a situação do Município, em prol da sociedade. E dizer mais, que o que está sendo feito, como muitos pensam, não tem cunho político, e sim valorizar a população de São Valentim, as pessoas que moram em São Valentim, as pessoas que investem aqui no Município. Meu muito obrigado a todos os colegas pelos projetos até agora aprovados e peço novamente que este projeto venha a ser aprovado. Muito obrigado.” Colocado em votação o Projeto de Lei do Legislativo n. 011/2020. Aprovado por unanimidade. Concedidos dez minutos para manifestações pessoais. Manifestou-se o Vereador Valdir Remus. Cumprimentou a todos e disse: “Quero comentar sobre um assunto bem polêmico, que meu colega Portella levantou em duas Sessões, a respeito da denúncia que eu teria feito, me chamando de conivente, por eu não denunciar. Ficou bem claro que eu denunciei na tribuna, bem claro que eu fui até o Prefeito, o Prefeito é conhecedor do que eu comentei aqui. Infelizmente, o ex-secretário sofreu uma fatalidade e não está mais presente, mas eu fui cobrar dele que isso é ilegal. E ele comentou alguma coisa que seria legal dar uma gorja, na verdade ele só trocou o nome.Vejo que lá em Brasília tinha mensalão, rachadinha e aqui é gorja. Aqui se trata de gorja né. Queria pedir para o colega, que é funcionário público, o colega Vereador. Alguma vez o Senhor usou um carro público para levar algum paciente em um local e cobrou alguma gorja, ganhou alguma gorja? Não fez né. Acho muito errado um funcionário pegar uma máquina pública e trabalhar na propriedade e cobrar. Isso é injusto, isso é ilegal, é imoral. Quero dizer que quando fiquei sabendo, já denunciei. Agora, acho que o Senhor sabia né, sabia da gorja. O Senhor é conhecedor, só não teve a capacidade de denunciar. Achou que era legal. Então, que fique bem claro, isso já está sendo encaminhado para a Promotoria. A gente consegue provar e vai provar. Não levantei questão que não posso provar. Então, que fique bem claro para toda população e ao colega Vereador, que tenho como provar e é ilegal o que estão fazendo. Se é gorja, se é cobrar por fora, que eles chamam, é totalmente ilegal e imoral também. Então, não pode se fazer. Acho que alguém que quer moralizar a política brasileira, estadual, tem que começar por aqui. Nós temos que remunerar os nossos funcionários, eles tem que receber o suficiente para não fazer esse tipo de jogo. Acho que o operador tem que ser bem mais remunerado, ele merece muito mais. Ele não precisa ir lá e se humilhar para ganhar uma gorjinha. Ha, fiz o trabalho bem feito. O funcionário tem que fazer o trabalho bem feito o tempo todo. Ele está sendo pago para isso. Então, aquela questão de ganhar uma gorja porque fez o trabalho bem ou mal, isso não existe. Ele está sendo pago para fazer o trabalho bom o tempo todo. Acho que o colega deveria ter denunciado essa gorja. É conhecedor né, colega, deveria ter denunciado. Boa noite a todos.” Manifestou-se o Vereador Vilmar Antonio Portella. Cumprimentou a todos e disse: “Nobre Colega, acho que um dos maiores defeitos do ser humano é faltar com a verdade ou distorcer a verdade, omitir a verdade, não assumir a responsabilidade. Esses atributos, posso falar que cabem ao Senhor. Quem falou e disse que funcionários estavam condicionando gorja nos finais de semana, foi o Senhor, está registrado em ata. O que eu falei foi que não pode condicionar o serviço, não pode ir lá e condicionar: vou fazer o serviço se me der um litro de vinho, um queijo. Receber uma doção, isso não é ilegal. Inclusive o Senhor também esteve à frente da Secretaria de Obras, o Senhor sabe disso, tem expediente no Ministério Público enquanto o Senhor estava aí. Mas isso, às vezes, as pessoas esquecem. Desde o dia seis de junho pedi sim que fossem tomadas providências, não sou conivente não com a situação. Se eu tivesse sido conivente, teria ficado bem quietinho e isso já tinha morrido, já tinha caído no esquecimento o que foi levantado aqui. Porque vir à tribuna e falar, levantar situações é fácil. O problema é dar seguimento. E eu falei aqui nessa tribuna, está registrado aqui na ata, que eu posso fazer parte sim da comissão de investigação e apurar os fatos e se tiver alguém que está fazendo coisa errada, tem que punir, vai ter que ser punido. Não tem que passar a mão na cabeça de ninguém. Essa é a minha opinião. Então, o que eu não admito é distorcer os fatos. Isso jamais vou admitir. Tenho grande respeito e admiração pelo Senhor e vou continuar tendo, mas não admito distorção de fatos, faltar com a verdade. Até porque nós vivemos em uma democracia e todos têm o direito de falar, até que não interfira na honra do outro. O que o Senhor falou aqui hoje, dizendo que eu sou conivente. Eu seria conivente se eu tivesse feito como o Senhor e me calado, ficasse arrumando coisinhas. Falar que tem provas e não apresentar, isso não é ser conivente? Não apresentar provas, que diz que tem há mais de cento e vinte dias. Inclusive, Senhor Presidente, eu pedi realmente que fossem tomadas providências, que fosse encaminhado ao Ministério Público, por duas oportunidades. Não uma, duas. Então, acredito que não estou sendo conivente e não estou apoiando coisas erradas e sim, sou favorável de ir em busca da verdade e punir. Mas acredito eu que os servidores municipais, não só operadores como os demais servidores, passaram em concurso público e devem ter uma conduta ilibada, não devem e não podem fazer o queo Senhor falou que estão fazendo. Porque aqui o Senhor disse agora que estão cobrando. O Senhor falou a palavra cobrar. Cobrar é diferente de receber uma doação, uma gorja. Tem muita diferença. Se para o Senhor não tem, para mim tem. Tem muita diferença em cobrar para fazer o serviço e fazer o serviço e o agricultor dizer: leva essa peça de queijo para casa, te dou um litro de vinho de gorja. Isso é normal. Em todos os municípios, se for visitar alguém no interior ele te dá um presente, fica contente porque tu esteve lá. O Senhor sabe que isso ocorre. O que não pode é condicionar o trabalho, a realização de um serviço para receber um valor ou receber uma mercadoria, qual seja. Seria isso Senhor Presidente.” O Vereador Valdir Remus manifestou-se novamente. Disse: “Eu acho que quem está tentando distorcer a situação é o colega. Mais uma vez está duvidando da minha honestidade, que foi encaminhado ao Ministério Público. Então o Senhor aguarde, não precisa ter pressa. O Senhor disse que nós estávamos afobadinhos, espera, o trâmite legal, a Justiça não é de hoje para amanhã. Então o Senhor mais uma vez está tentando distorcer. O Senhor afirmou em ata da outra vez que é legal ganhar uma gorja. Então um litro de vinho é normal? Algum funcionário vai trabalhar por uma peça de queijo no fim de semana ou um litro de vinho, Vereador? Não né. Estou falando que estão usando máquina pública, funcionário usando bem público para ganhar dinheiro. É totalmente diferente. Não sou contra quem ganha uma peça de queijo, um litro de vinho. Sou contra quem usa a máquina pública. E no meu tempo graças a Deus, eu falei. Se eu soubesse que tivesse acontecido alguma coisa eu tinha tomado uma atitude, mas graças a Deus nunca liberei uma máquina para alguém fazer esse tipo de serviço, porque a gente sabe que é totalmente ilegal. E se a gente quer normatizar é diferente. A gente liberava, o funcionário ganhava hora extra, que é normal. Tem esse poder. Ele pode trabalhar no sábado, as horas extras são pagas a ele direitinho e não precisa fazer nada fora da lei. Se nós sabemos e ficamos brigando entre nós e defendendo o erro, achando que o Vereador está errado, que lá está certo, daí a coisa nunca vai andar. Não é questão pessoal, né colega, mas é uma questão que estou dizendo para o Senhor, está sendo provado, tem áudio. Para o Senhor ficar bem ciente, tem um áudio gravado que está chegando até a Promotoria e vai se tornar público. Então, não posso ficar mostrando um áudio, provando para a população até não estar julgado. Mas tenho certeza que é questão de tempo. Não precisa ser afobadinho, como o Senhor disse que eu era afobado. O Senhor está sendo afobado, espera. Tem coisas que demoram um ano, dois ou três para se resolverem na Justiça, cinco ou seis anos até. Então, tudo tem sua hora. Vamos esperar e vamos provar, se Deus quiser, nessa tribuna. Se for permitido, Presidente, em uma Sessão a gente vai poder mostrar o áudio. A gente sempre tenta preservar. Agora a gente quer provar o que fala, com certeza. Eu não seria leviano de falar uma coisa que eu não consigo provar. Que fique bem claro a todos que eu só falo quando consigo provar, senão eu não falo. Boa noite a todos.” Manifestou-se o Vereador Micael Renan Klimuk. Cumprimentou a todos e disse: “Colega Valdir, são dez anos que estou no Município e até hoje ninguém me proferiu ou me falou algo sobre a índole sua. Eu acredito no Senhor e ao mesmo tempo lhe dou os parabéns por tomar essa iniciativa, porque é uma iniciativa corajosa. Muitos de nós somos coniventes com muitas coisas, porque afeta muita gente. Às vezes precisamos frear algumas situações porque têm uma complexidade muito grande. Nós vivemos em uma democracia onde é fácil fazer e difícil provar. É terrível tentar provar, em tudo. Em todas as situações é terrível provar algo. Acredito no Senhor e acredito na sua responsabilidade. Não é por nada que o Senhor concorreu e sempre esteve eletivo. Não é por nada que o Senhor sempre teve o aval da população, tanto como Vereador quanto Vice-Prefeito. Então, eu estou à disposição do Senhor para ajudar e se caso for competência averiguar a denúncia em CPI, estou à disposição, como o colega Portella também se disponibilizou. Entendo que não é tão simples assim, mas acho que a tua pessoa, prova que o Senhor aqui está, é verdadeiro e fala a verdade sim. É isso pessoal. Boa noite.” No ato, o Presidente se manifestou: “Vou me manifestar a respeito desse assunto que está sendo discutido. Quero comunicar que devido à denúncia e a análise feita, e o pedido também feito nessa tribuna, com aprovação da ata, estamos encaminhando ao Ministério Público para que tome as devidas providências desse assunto que está sendo debatido. Agora resta aguardar a decisão do Ministério Público. Acho importante o debate, mas acho que agora também podemos esperar e aguardar o resultado.”Manifestou-se a Vereadora Mônica Estela Perondi Remus. Cumprimentou a todos e disse: “Acho que é válida sim essa discussão entre os Nobres Colegas, porque cada um está defendendo sim a sua posição. E qual é a função de nós como Vereadores? É vir aqui, levantar os problemas que acontecem. Não interessa aonde ou com quem, mas surgiu um problema, essa é a nossa função. Acho que às vezes pode se exceder um pouco, mas é válido, é importante. Essa é a função do Vereador. É para defender a população, defender o interesse de todos os nossos munícipes. Então, eu acho bem interessante se dizer que não só isso. A gente precisa sim ver, acompanhar, estar na garagem, verificar horários, o que está acontecendo lá no interior, na saúde, na educação. Existem muitos lugares. Não é que estou dizendo que estão acontecendo coisas erradas, mas a gente precisa acompanhar para saber se não está acontecendo ou se está acontecendo algo. Essa é a função do Vereador e a gente está aqui para isso. Muito obrigada.” Manifestou-se a Vereadora Solange de Souza Bottini. Cumprimentou a todos e disse: “Eu acho que a gente mora em um país com uma democracia. Eu mesma já levantei aqui nessa tribuna, como falei na outra Sessão, vários assuntos a respeito disso. Cabe a nós sim investigarmos, cuidarmos daquilo que é de todos. Correto levantar, correto ir para a Promotoria. Estamos aqui realmente para fazer isso. A política anda em um momento tão incrédulo e os políticos mais ainda. Então, nós nesse pequeno Município, a gente sabe que muitas coisas não tão corretas acontecem. Vamos investigar. Cabe a nós verificar. Já fui alvo, em tempos não muito longínquos. Há não muito tempo já fui até expulsa de uma propriedade onde uma pessoa que faz parte do Poder Executivo fazia, para mim, o uso abusivo de máquinas. Onde ele carregou num só dia, ou em dois ou três dias, mais de trinta cargas de terra para sua propriedade. Se tem para mim, tem para todos os senhores que estão aqui presentes ou que estão em casa. As coisas têm que mudar um pouquinho. A nossa função é como a Mônica disse. Nós somos os fiscais gente. Mas aqui nessa tribuna nós não temos que levar para o lado pessoal. Vamos realmente fazer a nossa função, fiscalizar, denunciar e arcar com as consequências de tudo isso. Eu garanto a todos vocês que se cada um que está aqui fizesse uma partezinha daquilo que a gente pode e deve fazer, muita coisa não estaria acontecendo. Porque acontece, atrás dos bastidores a gente sabe que sempre tem um jeitinho brasileiro de se fazer as coisas. E como o meu colega Micael falou, difícil é provar. Mas a gente não pode desistir. Nossa função é investigar, é cuidar, é ser os olhos da população. Então, que essa denúncia levantada aqui realmente surta efeitos para a gente começar a moralizar as coisas, porque nós precisamos moralizar. Vamos começar por casa dando exemplo ao invés de cobrarmos picuinhas, coisas tão pequenas que não levam a nada. Boa noite a todos e obrigada.” Manifestou-se o Vereador José Idelmiro Rodrigues Ferreira. Cumprimentou a todos e disse: “A população deve estar gostando das conversas e discussões. Aqui os Vereadores colegas falaram da questão de nós Vereadores investigar, ir apurar. Verdade. Bem verdade. Parabéns para vocês. Mas também a população pode ajudar e tem dever também de nos ajudar. Se a máquina está fora do Município, o Vereador às vezes não está vendo, mas vocês podem tirar foto. Também podem denunciar direto na Promotoria, nem precisa passar pela Câmara. Denuncie. Hoje está cheio de zero oitocentos, está fácil de fazer a denúncia e não ser compromissado. Denuncia, telefona lá e está feito. Quando vê os caras estão investigando. Então, não são só os políticos. Não adianta ficar em casa falando mal dos políticos, indo para o Facebook falar mal do político. Isso é fácil. Palavras bonitas, mas eu quero ver denúncias da população. Então, população e políticos são responsáveis, Porque o político sai lá da população. Ninguém senta nestas cadeiras se não votar, ou não é verdade? Nobres Vereadores, para ser Vereadores, para sentar nessas cadeiras, temos que andar ou não? E bastante né, vocês sabem que tem que suar. A população tem o dever. Hoje eu sou Vereador, amanhã não sou mais. Mas eu conheço a Casa e vou voltar para minha casa como cidadão e lá vou continuar sendo e tendo a mesma função de Vereador. O que eu posso dizer, com bastante credibilidade, que nós políticos também temos que cobrar da população. Não adianta falar, tem que trabalhar também, tem que denunciar. Se tem medo, chama lá o Vereador que você votou ou que você confia, e denuncia. Toda denúncia que chegar até minha pessoa, Vereador ou não, eu vou denunciar, como já denunciei vários fatos, vários crimes e deu tudo certo. Pessoal, desculpa meu tom de voz, às vezes até sou penalizado pelo tom de voz, mas essa voz também tem me ajudado bastante. Desculpe pelo tom de voz. Eu quero dizer que tanto nós Vereadores como a população, o dever é o mesmo. Boa noite a todos.” Não havendo mais nada a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, e comunicou que a próxima Sessão Ordinária será realizada aos vinte e oito dias do mês de setembro de dois mil e vinte, às dezenove horas. Em seguida convidou os Senhores Vereadores para assinarem o Livro de Presenças e a Ata, desejando a todos uma boa noite.

 

 

 

 





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